The Tudors, para quem não conhece, é uma série sobre o reinado de Henrique VII da Inglaterra, contando essa parte da história da Dinastia Tudor, casa real de origem escocesa cujo símbolo é a rosa inglesa, que governou o Reino Unido entre 1485 a 1603.
Tal como aconteceu com Gilmore Girls →Please, Luke, please, please, please... | Gilmore Girls [2000-2007]← Tudors foi um nome presente na minha watch list durante um bom tempo. Apesar de morrer de vontade de assistir a série ia deixando-a sempre de lado e optando por começar ou continuar a ver outras produções, até a semana passada quando despretensiosamente comecei a ver a mesma. Devido ao seu pequeno número de episódios por temporada consegui ver a mesma num instantinho sem me descuidar das minhas restantes tarefas. A verdadeira vontade de acompanhar a série surgiu quando comecei a trabalhar numa pauta para um publicação sobre a familiar real britânica que logo logo sai aqui no blog. E mal terminei os seus 10 primeiros episódios comecei a planear mil e um posts sobre a mesma para vocês.
Por sorte, só comecei a ter interesse em assisti-la depois da mesma já estar terminada, o que me permite fazer longas maratonas e ver os seus episódios seguidos. Porque como com qualquer outra série que amamos vamos querer sempre saber o que vai acontecer em seguida, mesmo quando já conhecemos a história.
Alerta: Este post é longo e cheio de spoilers, prossiga por conta própria e risco
Serão apenas spoilers para quem realmente desconhece os acontecimentos históricos dessa época, visto que nada aqui mencionado será realmente novidade.
Exibida originalmente em 2007, a primeira temporada narra a vida do infame rei inglês, HenryVII, durante o século XVI, focando-se no seu relacionamento com o seu ministro-chefe Cardeal Wolsey, o seu novo romance com Anne Boleyn e o seu desejo de anular o seu casamento com Catherine of Aragon, de modo de garantir a sua dinastia.
A temporada começa com Wolsey a convencer o Rei de que este deve manter a paz com a França, levando os reis das duas potências a encontrarem-se em Calais, para negociarem um pacto de amizade. A par disto, a pressão de gerar um herdeiro começa a fazer Henry questionar o seu casamento com Catherine. No segundo episódio é relevado que uma das suas amantes, Elizabeth, também uma das damas da Rainha Catherine, teve um filho ilegítimo seu.
Eventualmente, Anne Boleyn atrai a atenção do rei e passa a ser encorajada pelo seu tio e pai a seduzir este. Apesar de, com o decorrer do tempo, também ela se comece a apaixonar pelo rei recusa o convite de se tornar sua amante, convencendo o rei de que ele só a terá caso case com a mesma. A jovem convence o rei o usar o cardeal Wolsey a agir contra a rainha, o mesmo ainda encarrega um conselheiro de confiança a obter a dispensa papal para o divorcio, alegando que a sua esposa realmente tinha consumido o seu casamento com o falecido irmão do rei, Arthur.
Por volta do sexto episódio começamos a ver esforços ainda mais desesperados de Wolsey para persuadir a Igreja Católica a conceder um divórcio real, por sua vez, a influência do imperador espanhol Carlos V, sobrinho de Catherine, sobre o papa começa a enfraquecer a posição do cardeal.
No episódio 7 a Inglaterra é assombrada pela misteriosa doença do suor que mata sem descriminar posição social #RIPWilliam, apavorado com a doença, Henry isola-se com os seus medicamentos longe da corte. Anne que contraiu a doença cura-se milagrosamente e aos em poucos segundos do episódio a mesma deixa de se tornar uma ameaça. Finalmente, um enviado papal chega as terras inglesas para decidir a respeito da anulação do casamento real. É convocada uma sessão em tribunal, onde Henry e Catherine são colocados frente a frente para defenderem os seus casos. A decisão final acaba por favorecer Catherine, que pedia para ser ouvida em Roma, alegando que, sendo espanhola, na Inglaterra estava numa terra estrangeira sem amigos, aliados ou o devido aconselhamento.

No nono episódio, o cardeal Wolsey é destituído do seu cargo e banido para York, onde ele tenta implorar ao rei que o restabeleça. Sir Thomas More, leal amigo de Henry e devoto católico, é escolhido como sucessor do cardeal. No
final da temporada, desesperado Wolsey alia-se a uma antiga inimiga, a Rainha Catherine, numa ultima tentativa de se salvar. Quando a sua trama é descoberta o mesmo acaba por ser acusado de traição e, preso na Torre de Londres, acaba por tirar a sua própria vida numa cena emocional onde reconhe-se, perante Deus e Jesus Cristo, todos os seus pecados sabendo que os mesmos não teriam perdão. Neste ponto a reforma da igreja inglesa, que levou ao nascimento da Igreja Anglicana, torna-se cada vez mais iminente, quase prometendo que será um dos principais temas da primeira parte da segunda temporada.
Notas Reais:
1. Anne Boleyn é das personagens históricas que mais desgostos e confesso que tenho algum preconceito com a personagem de Natalie Dormer. Por mais que tente...
2. Em vários momentos da temporada, a Rainha Catherine provou ser rainha das rainhas. Aqui prometo que até ao fim da série, case o Henry com quem casar, não irei reconhecer nenhuma outra soberana.
3. Porque tantos Thomas? Juro que devo ter contado uns cinco, o que dificulta um pouco compreender certos enlaces da temporada.
4. Charles, Charles, Charles, minha mercê, o meu coração pertence-lhe. Aceite-o com todo o meu amor!
5. Que raio de rei português era aquele que a Margareth casou? ELE NÃO EXISTOU SHOWTIME! América, por favor, para de pintar o meu amado país como bobo da corte.
Vocês já viram ou ouviram falar em The Tudors? Que outras séries do género conhecem? Quero saber tudo nos comentários
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